MEDO DO ESCURO
Esse quarto não é quarto,
é metade estrada, metade mata...
borrão.
Esse deserto fica entre um corredor
escuro e um vaga-lume... ele mexe comigo.
Uma felicidade sentada na soleira, espreita
o que ela não entende, sobre solidão.
Ela atiça e foge.
Ela morde e assopra...
Quase passa, quase morre.
Quase abraça, quase consome.
Na cabeceira, uma lua ainda brinca
de descansar com a menina.
Pálpebras pesadas, dormiram...
as duas.
LuciAne 22/07/2008
poesia on-line