O AMOR QUE NÃO VEIO

Quando o sorriso de meus lábios não mais surgirem,

Inquieto nos olhares que já não tem mais encanto.

Despiu-me da alegria que sem dó meu peito feriram,

Curvarei sobre meus joelhos com dores e prantos.

No deserto de amarguras vejo meu dias passarem,

O tempo muito sofrido; essa agonia vai murchando.

No horizonte distante, com tanta ância almejado,

Com fragilidade e melancolia uma pedra foi se tornando.

Nas desventuras que pelos caminhos foram de ilusões,

O vazio que lhe o atormenta, como a noite triste.

Sentindo o mundo num abismo que enche o coração,

Silencioso como a noite dos amores que já não existe.

Estou completando mais um aniversário na vida,

Sempre no esquecimento dos amores desiludidos.

Escalei o mais alto dos ideais de uma luta infinda,

A qualquer momento sei que dormirei nos ermos.

Fugirei no exilio dos prantos que foram desprezados,

Acabarei com as angústias dos tempos que vão passando.

No abandono de um tempo que não foram esquecidos,

Lembrando das crueis marcas que se foi chorando.

Meu coração com as lembranças do triste passado,

Já não tem todo brilho, lá se foi toda a alegria.

Minha voz emudecida descanças a beira do riacho,

Vendo as horrendas melancolias que devagar surgia.

Marolla
Enviado por Marolla em 09/08/2008
Reeditado em 25/08/2008
Código do texto: T1120394