NÃO SEI DIZER...
Estou vazia por fora,
cheia de silêncios sem nomes,
repleta de coisas incompletas.
O meu vazio não dorme,
não tem fome, quer apenas
me engolir pelas beiradas.
Quer o meu gosto exposto
num gesto de afeto...
Mas a festa acaba cedo,
e eu sinto medo de coisas
tão reais.
Estou vazia por dentro,
Minhas retinas absorvem
objetos...concretos demais.
Preciso de um travesseiro
feito de ombro, de mãos
que digam por onde começar
Os meus pés...
Precisam de um trajeto.
LuciAne.
(Noite insone, poema sentido... 08/09/2008)