QUANDO EU ACORDAR

Hoje, quero beber o orvalho da tu'aurora

e de cuidados inquietos despir tu'alma;

hoje, quero me acalentar no caos

tumultuoso dos teus lábios

e nas carícias do teu choro namorado

desfalecer sobre teus seios;

hoje, nos travessos amores

que rebuscam devaneios

quero ouvir teu murmúrio aos segredos dos poetas.

Hoje, quero te ver fugir num sobressalto

qual gazela esguia, arisca,

me olhar com grandes olhos

que passeiam nas florestas.

Hoje, teu pescoço e colo quero cingir numa alquimia,

como colares de rubis preciosos a realçar teu carmim.

Hoje, te deixarei assim, nessa pintura viva,

pra quando amanhã acordar deste meu sonho

teu sorriso ser pra mim.

Chaplin
Enviado por Chaplin em 23/09/2008
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