O rio negro

Uma palpitação cospe lava enraivecida;

Pois os puros pensamentos se tornaram sujos e singelos.

A sinceridade não há mais ali.

A agonia distante está a caminho,

Corre ao encontro de sua amiga solidão.

As lágrimas apostam corrida, de quem vai despencar primeiro.

A auto estima é esquivada

O ódio de amar é forte, porém é empregado em cada ponto lastimável do pensamento.

Perguntas inexplicáveis surgem à procura da resposta inexistente.

A triste esperança de ter esperança, já não se pensa mais na possibilidade.

Gritos disfarçados ecoam pelo corredor do medo.

As desculpas são equivalentes às ofensas.

Pensamentos são desviados da realidade.

As gotículas efervescentes pingam e desgastam a cor dos cabelos desbotados.

Na rua, desliza fantasmas à caça de sangue, sangue amaldiçoado;

Os meus vasos são atraídos por eles.

Em questão de segundos sou amordaçada a espinhos contraditórios.

A falsa mentalidade de alguém, causa à mortalidade de outros.

A tigres mergulhando na escuridão do medo

E as janelas de um precipício inacabado.

Pamela Faria
Enviado por Pamela Faria em 26/09/2008
Código do texto: T1198402
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.