Desperdício
Ela queria ser uma Juliette Lewis Florberiana
Sem voz e sem poesia
Com seus olhares inconformados
Consolidando a agonia
De seus vulcões particulares
Em um palco indigno
Vai ser consumida
Pelo seu garotinho da vez
Por isso ela canta
Para cada olhar que julga
Inocente satisfaze-la
sua ironia podada
na sua voz desafinada
sua tristeza punida
na severa lida diária
Sua alegria contida
onde toda a beleza da vida
fora condenada pelos sonhos.