SÓmente

Estou num canto escuro e frio

Sem ninguém para conversar;

Olho a minha volta e não vejo ninguém,

Mas sei que estão ao redor.

Vozes me ensurdecem; não às consigo controlar

Não às entendo!

A aurora já está chegando e eu ainda estou aqui, isolado, cançado; com medo!

Minha vereda nunca veio, nunca apareceu.

Pessoas me tocam, me olham,

Mas não às sinto, não às vejo.

Falo, Grito e não sou ouvido,

mas ainda sim, fingem que me entendem,

cançado de tudo, volto ao meu canto.

Canto intocado, inviolável,

mas perigoso.

Caio em armadilhas todas as vezes em que o freqüento,

mas o freqüento sempre, e em todas as vezes sai machucado.

Canto que é meu refugiu, meu poto seguro,

que me serve de escondeirigiu.

Me escondo, atrás de risos e sorrisos,

escondo-me, por não saber quem sou,

por não me aceitar!

Fingidos e falsos, não me estendem!

"Amigos", passam por mim, falam, me cumprimentam,

mas não sabem quem sou!

Música alta, pessoas cantando e falando,

não me ajudarão, não conseguirão me resgatar!

Isso é uma coisa que só eu posso resolver,

só eu poderei tirar minha mascara.

Minhas Pernas se mexem, meus Braços se balançam,

Mas a casa está Vázia.

Angus Mac Og
Enviado por Angus Mac Og em 28/10/2008
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