SÓmente
Estou num canto escuro e frio
Sem ninguém para conversar;
Olho a minha volta e não vejo ninguém,
Mas sei que estão ao redor.
Vozes me ensurdecem; não às consigo controlar
Não às entendo!
A aurora já está chegando e eu ainda estou aqui, isolado, cançado; com medo!
Minha vereda nunca veio, nunca apareceu.
Pessoas me tocam, me olham,
Mas não às sinto, não às vejo.
Falo, Grito e não sou ouvido,
mas ainda sim, fingem que me entendem,
cançado de tudo, volto ao meu canto.
Canto intocado, inviolável,
mas perigoso.
Caio em armadilhas todas as vezes em que o freqüento,
mas o freqüento sempre, e em todas as vezes sai machucado.
Canto que é meu refugiu, meu poto seguro,
que me serve de escondeirigiu.
Me escondo, atrás de risos e sorrisos,
escondo-me, por não saber quem sou,
por não me aceitar!
Fingidos e falsos, não me estendem!
"Amigos", passam por mim, falam, me cumprimentam,
mas não sabem quem sou!
Música alta, pessoas cantando e falando,
não me ajudarão, não conseguirão me resgatar!
Isso é uma coisa que só eu posso resolver,
só eu poderei tirar minha mascara.
Minhas Pernas se mexem, meus Braços se balançam,
Mas a casa está Vázia.