DESTINO CORTADO

Passa o tempo devagar

Pela aridez desta alma

Rio dilecto quem te roubou?

Sou de mim muros caídos

Telhados por remendar

Até a chuva e o luar, metidos,

Me invadem, me usurpam

Como tratantes

Sem perguntar…

No abandono à saudade

Foge-me a alçada do querer

Tudo é alheio, distrate

Daquilo que me ousara ser…

Quem te levou, meu destino?

Que agora tão longe assim

Nem perguntas mais por mim?