No extremo Do Ser
Eu sinto o sol que acalenta
Desvanecendo esse medo
Perpetuado no tempo
De uma espera emudecida
Ja cansada e esquecida
De tanto em vão caminhar
Pelas estrada da vida
Sem conseguir alcançar
Um sonho de esperança
A felicidade dança
Corre solta a vagar
E o pensamento pressinte
Caminha tão lento e triste
Porque não pode alcançar
Eu sinto os raios que queimam
Anceios e pesadelos
No vácuo frio e escuro
Onde a luz tenta entrar
E a terra treme e soluça
Num canto a espera da sorte
Se a morte vier buscar
Até as flores mais belas
Ja descobriram a saudade
Se desfolharam num pranto
Caindo por entre os campos
Aos olhos de quem amar
Eu sigo solta no espaço
Nas noites de solidão
Já não espero o regresso
Nem luto contra a paixão
E tudo surge em mistério
Nos versos que eu cantar
Talvez quem saiba algum dia
Alguém consiga domar
A minha alma rebelde
Para poder se entregar
Ane Franco