Vida vazia.

O vazio preencheu o espaço inerte da vida,

E do passado que se foi,

Aquilo que não foi feito, jamais será refeito.

Se assim fosse, de uma vida vazia alguma coisa alguém tiraria.

O nada consumiu o tudo,

Tudo aquilo que não existiu

O papel em branco nada registrou

E a caneta parada, sua tinta se secou.

Com os lábios calados

E os braços parados

seus pés cansados,

Nenhum paço à frente.

Deixando como estava,

Pensando que não adiantava.

Os fatos se cumpriam,

A noite chegava

E os ratos apareciam

O inútil dormia

O sono o consumia,

O sol aparecia

E os ratos sumiam.

Da sua porta olhava

E apenas olhava

Para tudo e todos

E por tudo isso

Não fazia nada!

O dia findava

E sua vida vazia

Ia em direção ao que nada construía,

Então o vácuo se fez de vez,

Em vão, por tudo o que não foi dito não

E foi assim que da vida achou-se um fim,

Por tudo aquilo que também não disse sim!

Raquel Cezário
Enviado por Raquel Cezário em 05/12/2008
Reeditado em 09/12/2008
Código do texto: T1319491
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