Do outro lado da Janela
Fico a contemplar da janela, a lua me espiar
Linda... Solitária... E por que não solidária?
Ela acaricia a nostalgia que esta noite me traz
A saudade ameniza-se com sua alacridade sagaz
Mas nem os gestos indefectíveis das estrelas
Rescinde a tristeza de um olhar perdido...
De um coração a bater em peito combalido.
Ah! Se essa lua me desse uma porção de seu fulgor.
Ou quiçá tivesse mais um pouco de calor!
Vestiria-me de seus indumentos prateados
Deixaria a solidão do outro lado – da janela!
Ivone Alves SOL