Benevolência

Novamente a réstia sob o diminuto espaço

Que no chão transpassa do separar da porta

Na minguada fresta que no amanhecer reporta-se

E me remete ao chão quando à luz aponta

Mais um dia a convidar-me à vida

Ergo-me aos punhos e ajoelhado fico

Branda luz que num lentear recolhe-se

Incita-me ânimo a acompanhar-lhe afora

Agarro-me ao trinco a ruminar temores

De coisas mais vivas que vagueiam fora

Obstinada Luz que da fresta some,

Benevolente volta nesta mesma hora.