Metamorfose que lhe resta

Se não age como humano

Passará a viver como um animal:

No lodo, na lama, no chão e no lixo.

Desfaça-se da tua atual postura,

Curva-te sobre tuas patas traseiras,

Respire, animal, pelo teu focinho úmido!

Ouça pelas orelhas peludas tudo que lhe digo.

Esqueças, ignóbil besta humana,

Tudo que viveu em tempos idos.

Acostume-se à carniça dada como alimento.

E quando de longe observar teu findo amor,

Com teus pequenos olhos que enxergam no breu,

Lembra-te de quando era animal em corpo humano.

E agora pena como humano em corpo animal.

Fabricio Oliveira
Enviado por Fabricio Oliveira em 17/12/2008
Reeditado em 19/05/2015
Código do texto: T1340318
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