Diabo de Mim

O cheiro de incenso no ar purifica a alma de um pecador,

A fragrância não o exime de seus vícios, nem tira a sua dor,

A maldade de seus erros por hora é esquecida,

Sua sede por orgias são traduzidas,

Como o caos de um culposo deslize contra seus princípios,

Preceitos sobre a existência descritos como ridículos,

Uma falta de senso sobre a perversão de viver perigosamente,

Imaculado o homem que vive ingenuamente,

Que não é atraído pelas tentações do prazer carnal,

Distancia-se de uma corrupção banal,

Diabo de mim que sou dependente de um frenesi insensato,

Psicótico e obsessivo, um desequilibrado lunático,

Delirando sobre um autoflagelo,

Que me liberte de meu elo,

Da parte que me liga com Deus,

Desprendo-me de qualquer vinculo, com o pai e com os filhos seus,

Também peço dispensa de um possível pacto com o coisa-ruim,

Prefiro continuar só, estou bem assim,

A verdade é que não quero ser julgado,

Meus atos não devem padecer entre o certo e o errado,

Diabo de mim que sou um libertino luxurioso,

Saboreio o pecado com um ar libidinoso,

Obra do livre arbítrio concebido pelo senhor,

Essa é minha defesa contra o julgador.

Rafa Mendonça
Enviado por Rafa Mendonça em 20/12/2008
Código do texto: T1345662
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