FIQUEI A SUA ESPERA



Noite fria ora quente eu fiquei à sua espera,
Esperei por ouvir bater no meu portão,
Mas era o silêncio que gritava e incomoda-me,
A solidão insistiu em me angustiar e frio me causou...

A insônia me abraçou, foi ela que ficou em seu lugar,
Com o meu fogo não se importou,
Eu estava chamas que ardiam, mas isso não te atormentou,
Se estivesse comigo não permitiria o relógio ser tão lento...

Entendo as impossibilidades, tanto as minhas quanto as suas,
Agora vai dizer isso pro meu coração,
Tente explicar isso para a saudade arrebatadora que sinto de ti
Se conseguires ser compreendido, deixará meu corpo em paz...

Eu te telefonei, mas aos meus apelos não atendeu,
Ouvir sua voz só me fez desejar-te ainda mais que já te desejo,
O sol despontou me mostrando que a solidão invadiu minha noite,
Tentou me dar bom dia, mas eu estava sozinha, então não se atreveu entrar...

Nas horas da noite vaga onde só você poderia trazer-me as estrelas,
Eu fui um vulcão em erupção, onde suas lavas procuravam onde se destilar,
Eu vi o tormento no amor a sua procura,
Eu vi meu corpo querendo falar com o seu e só assim eu poderia descansar-me...






Explicação: a palavra DESTILAR, aqui é expresso exatamente
por ter no significado a intenção de um estado passar
para o outro e novamente como o liquido passa para
o gasoso depois liquido por condensação do vapor obtido
gotejar...  e desse gotejar em sublimidade que pretendi falar.


                                                          
 

O CRAVO E A ROSA
Enviado por O CRAVO E A ROSA em 09/01/2009
Reeditado em 09/01/2009
Código do texto: T1376284