À MEIA-NOITE

Dá meia noite.

A verdade do silêncio é ensurdecedora

e sobre a parede em volta há marcas

de um sujo passado de ações.

Pesada e fria

na recordação aberta da tristeza

a madrugaga é lenta.

No quarto fechado surge o azul da infância.

Uma alegria mágica cobre cada momento antigo.

Mas, um latido distante me traz para o pesadelo vindouro

que sente o cheiro ausente do sonho interrompido.

junior trezeano
Enviado por junior trezeano em 03/02/2009
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