De saudade
Não há dor que doa mais
Do que a dor de uma saudade
Já que quem parte nos fica
Parte inteira de metade
Uiva cachorro sem dono
No peito dor que invade
Respira o ar o abandono
Que na carne sangra e arde
E se arvora de fora pra dentro
Remoe e aos poucos devora
O élo vital que é o centro
Que sai de dentro pra fora
A morte em vida nos consola...