Olho para o céu...

Olho para o céu...

A lua está escondida,

mas sua luz se mostra por trás das nuvens negras...

Olho para o céu...

E nem mesmo o céu,

pode mensurar, entender-me...

Olho para o céu...

Conto as estrelas, uma a uma,

E os meus pensamentos se perdem nessa imensidão...

Olho para o céu...

Os meus sonhos, tolos, cruéis, sensíveis... Sonhos...

Quero então nunca mais acordar desse sonho no sonho, em sonho...

Olho para o céu...

Vejo a tua imagem, a tua imagem... E ainda sim, não acredito... A tua imagem...

O espelho que daqui reflete algo, não convenceu meus olhos, e não é quem eu queria ver...

Olho para o céu...

Vejo que o mar quer estar lá, e ainda que esteja, não derrama sobre nossas cabeças as lágrimas que o céu nos faz temer...

Olho para o céu...

Sinto que o amor ainda existe... (?)

Arde uma chama aqui dentro, que se chama paixão... (?)

Olho para o céu...

Sinto uma saudade ainda maior que ele... De quê? De quem? De onde?

Olho para o céu...

Sinto saudades de mim mesmo... Sim, de mim mesmo...

Olho para o céu...

Eu não vejo nada...

Um ‘tudo’ jamais visto.

Olho para o céu...

Não vejo nada, não...

Eu não vejo nada.

Olho para o céu...

E só vejo o que não posso ver...

(Santarém-Pará, 14 de fevereiro de 2009)

Andrew de Castro Rodrigues
Enviado por Andrew de Castro Rodrigues em 15/02/2009
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