OLHOS AZUIS(POema n. 59)

(Sócrates Di Lima)

Basilissa, a luz que um certo par de olhos exala,
Contempla o belo do brilho que se vê.,
E entre a íris e a pálpebras um luar se instala,
É a luz dos olhos de você.

E quando o olhar mira-se no horizonte,
Não há nada que impeça seu queixume.,
É um olhar do Sol por trás do monte,
Pintura exótica de um olhar de vaga-lume.

E na noite escura aqueles olhos cintilam,
Como uma luz no final de um túnel negro.,
Há esperança nos olhos que iluminam,
Que faz o coração saltitar em um peito íntegro.

E o vaga-lume valseia na noite que escureceu,
Iluminando o caminho da sua pequenina vida.,
É tal qual a luz dos olhos seu e meu,
Que isolados guiam corpos sem despedida.

E eu me visualizo na beleza desses olhos incandescentes,
Que a vida me faz sentir um eterno sonhador.,
Entre ilusões, solidão e saudades remanescentes,
A beleza desse olhar azul me faz esquecer minha dor.

E por tudo que desejo buscar nesta caminhada,
A dor de amar é minha eterna companheira.,
Ninguém consegue me fazer feliz nessa jornada,
E é por isso que eu fujo do sofrer, é mal para a vida inteira.

Então percebo que os vaga-lumes me fascinam,
Pois sua luz representam o facho de um clarão.,
Que se confunde com as luzes que me guiam,
Luzes irradiantes desprendidas deste meu coração.

Os olhos dela são encantados,
Iguais aos de Basilissa não tem,
Por eles me ponho enamorado,
Num amor crescente, também.

E de sofrer em sofrer me faço cego,
Nem mais percebo se esses olhos me traz ciúme .,
E nesta minha irresignação me entrego,
Por crer que esses olhos são luzes dos olhos azuis dessa vaga-lume.

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 17/02/2009
Reeditado em 02/03/2014
Código do texto: T1444494
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