O BRILHO DE TEU SER MULHER… NAN

Como roupa velha caída pelo chão…

coisa alguma de há muito esquecida…

meu nome olvidado pelo sofrimento

de indiferença fizeram sustento e algoz.

E entre paredes ruídas calei e vegetei…

nada atrevendo senão um choro silente…

se alguma coisa guardei apenas o mau

sobrevinha recordando-me à vergonha.

Tudo o que foi meu como lixo jogaram

fora… qual um estorvo varrido da Terra.

Ah, bem o lembro agora já que sedado

vivia meus míseros dias carpindo penas.

Não faças aos outros o que não queres

que te façam a ti… assim pensava mas

julgando alucinar de entre os despojos

na minha enxerga deitava meus restos.

Folha por folha… certo e escasso desejo

nunca vingou… e precoce teve seu final.

Ainda Insistindo como a qualquer louco

que é louco dei por mim rasgando papel.

Finalmente rendido e sem esboçar luta

entreguei-me nas boas graças de outros.

E saindo do covil busquei-me sem parar

para encontrar cobiça gente sem ideais.

Até que por mim zelando justiça se fez e

achando aquela que ainda hoje é o amor

de toda a minha vida voltei a ser Homem

a amar e a ser amado de novo por inteiro.

Jorge Humberto

12/03/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 13/03/2009
Código do texto: T1484673
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