Solidão
Solidão
São noites geladas
de solidão imposta
e eu vivo torturada
pela amargura e dor.
Coração ofendido,
humilhado, sente
amargo fel, visto
o véu da desdita!
Pobre de mim, alma
chora envolvida pela
carência do amor, calor
da mão querida no rosto.
Fujo e nego, atropela-me
a desdita mostrando perigo,
aviso da vida. Seca brava
entranhou, desabrochou
em mim, na alma. Meu
desejo, ó meu desejo
correndo pelas ruas,
nos séculos de solidão.
Marta Peres