Solidão

Solidão

São noites geladas

de solidão imposta

e eu vivo torturada

pela amargura e dor.

Coração ofendido,

humilhado, sente

amargo fel, visto

o véu da desdita!

Pobre de mim, alma

chora envolvida pela

carência do amor, calor

da mão querida no rosto.

Fujo e nego, atropela-me

a desdita mostrando perigo,

aviso da vida. Seca brava

entranhou, desabrochou

em mim, na alma. Meu

desejo, ó meu desejo

correndo pelas ruas,

nos séculos de solidão.

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 16/03/2009
Código do texto: T1490297