POEMA INACABADO

Ando como se fosse um zumbi...

Vejo as pessoas, mas não as reconheço...

Como se eu fosse invisível

Passo por tudo e todos

Despercebida, completamente desatenta,

Sem vontade de ser notada...

Passam os dias em uma profunda agonia

Em marcha tão lenta... Como se parasse

Seria ótimo se estacionasse,

Eu pudesse descer e gritar:

-Chega! eu não agüento mais

-Socorro! Onde me encontro?

Onde eu estou?

Necessito me encontrar...

Reencontrar-me dentro de mim...

Recomeçar tudo, como se nunca tivesse vivido,

Da marca zero, para apagar meus erros

Um passado, cheio de enganos...

Na tentativa de apenas acertar...

Consegui errar... cheia de arrependimentos

Que tão pequena porção acertei!

Nesse mundo louco

Eu fui à loucura completa e insensata...

Único orgulho: saber que mesmo errando...

Tentei! Com todas as minhas forças...

Muitas vezes engolindo desaforos e desamores...

Pensaram que eu era capacho,

E poderiam pisar sem dor provocar...

Sucessões de erros acumulados

Em nome de uma falsa felicidade!

Alma ferida, infeliz e amargurada

Consegui nessa busca infundada,

Criei castelos em areia,

Amparada apenas em ilusões...

As quais não encontro mais...

Visto que nada restou...

Minha vida segue a diante

Vou tentando ir em frente

Afinal encontro-me

Como esse poema!... inacabado...

Autora: (Cyda Ferraz)

Cyda Rigamonti
Enviado por Cyda Rigamonti em 20/03/2009
Reeditado em 20/03/2009
Código do texto: T1496127
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