Sopro II

Andei muito e por muito tempo

Andei feito andarilho sem rumo

O sol ardia e o corpo fedia

Veio chuva, molhou corpo e alma

Veio o vento e secou tudo com calma

Novamente veio o sol, aquele que ardia

Os pés pediam parada

A garganta, água gelada

A cabeça, travesseiro e cama arrumada

O destino era incerto

Faltava muito, não estava perto

Cada passo era como o de um inseto

Até que parei e sentei

Por um tempo orei

Por um tempo descansei

Parei para pensar onde queria chegar

O que ou quem queria encontrar

Onde eu iria parar?

Concluí que era somente andar

Fazer o tempo passar

E nada encontrar

E sim esquecer

Parar de “soprar”

28/03/2009 21:48h

Gabriel D Nasc
Enviado por Gabriel D Nasc em 28/03/2009
Código do texto: T1511352
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