Lembranças
Lembranças
Quantas noites mal dormidas, quantas…
relógio levando as horas eu sem conseguir
fechar os olhos, descansar um pouco ao menos.
Ouvi cada badalar do cuco dentro das horas mortas!
Dentro de mim pensamentos perdidos vinham à tona,
saíam de caixas antigas, amassados, amarelados pelo
tempo assaltavam as lembranças, virava-me na cama
sem conseguir posição, imagens chegavam como filme!
Me vi enrredada, emaranhada dentro de mentiras,
fatalidade produzia efeito nas lágrimas que desciam.
Meu coração entabulou conversa com o travesseiro,
chorou suas mágoas tentando se aliviar, expurgar a dor.
O tempo passou, as horas deslizaram rápidas na sala,
então o sol deixou-se penetrar timidamente pela janela.
Agarrei-me ao meu travesseiro encharcado de pranto,
alma leve sentiu sinais de sono, no silêncio, adormeci!
Marta Peres