Análise

Já não somos mais crianças

e a inocência não nos acompanha.

Labirintos obscuros e tramas.

Ainda nos perseguem.

Das brincadeiras de crianças

Restam poucas lembranças.

Tranças, bonecas, as bolinhas de gudes...

Goma de mascar, bala Juquinha...

Juro! Queria que o tempo voltasse.

E o que tenho?

O que aprendi com o futuro já vivido?

Não sei. Não sei!

Os dias continuam passando

E com o tempo

Somo as horas mortas que não voltam.

Penso, repenso e nada!

Nada de novo se apresenta.

Ansiedade me vem.

afasto-me da vida

mas ela chega-me em breves lembranças

Enfumaçadas nuances...

O tempo. Senhor da razão.

Será?

“Alzheimer” um vazio...

A solidão...

que segue apagando a

-vida-

E do passado

Certo ou errado.

Quem se importa?

A ninguém interessa.

A felicidade

Hoje é só um engano.

Dela, nem saudade.

Lili Ribeiro