VAGANDO.

Pelas ruas da cidade a vagar,
Entre bares, olhares e rumores.
Ando a procura de amores..
Na imensidão da noite escura.
Vivo sempre a te procurar.

Pego o copo, me afogo e me entrego
Quero fugir e não sei pra onde
E entre lágrimas me refugio.
Sentindo a alma perdida
Querendo encontrar guarida
E no seu coração penetrar.

Sou errante sou amante, sou perdida.
Não sou fingida, sou fiel por você
Por ser tão real, carrego tudo isso no peito
Sem remorsos e sem lamento.
Vivo nesse mundo sem lar.

Vida sem rumo total liberdade.
Vagando por todos os lugares.
Becos, estradas, ruínas e viadutos.
Sentindo a alma vazia...

Pelo reflexo da luz neon
Fico em estado de êxtase e flutuo ao luar.
Brilhante que até me ofusca,
Olho ao redor e novamente estou só
Como um vagabundo imundo a vagar.

Nessa imensa solidão e olho para ao redor
E vejo a única amiga, que sempre está ao meu lado
Minha sombra, que sempre fica a me esperar.
Essa sensação de dualidade que todo homem tem
De querer a eterna liberdade a todo custo.
E nem sabe o que fazer, com toda essa solidão.

Que nessa vida de existência plena e terrena.
De achar que tudo isso vale a pena, e assim
Viver para um dia poder te encontrar...




Marcielena G. De Sousa.
01/11/08.