CARNE SECA

Esta noite tive um sonho,

nele afirmavas o abandono.

Irias embora

para me deixar oca,

seca,

presa na inutilidade...

sugando pensamentos fúteis.

Sabes bem que não sou tão forte assim.

Quebro fácil

e quando em cacos

a cola não me faz voltar a mim.

Não venha falar das cores

e daqueles amores que um dia

pensei possuir.

Não me tragas analgésicos.

Não me venhas com anestésicos.

-Minha alma está blindada-

Deixa minha dor aqui

A companheira.

Deixa minha flor aqui

em meu ventre

para eu nunca esquecer

dos teus desprezos,

Poesia.

Érika Bandeira de Albuquerque
Enviado por Érika Bandeira de Albuquerque em 04/04/2009
Código do texto: T1522192
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