Sem rumo

Não tenho pátria, não tenho dono,

Não tenho casa, detenho sonhos.

Sou o que sou, e o que sou fere sem sentir,

Ama sem amar, fere sem intenção de ferir...

Perdida em vã filosofia,

Transformo toda a minha vida

Em pura poesia

Que possa retratar

Um pouco da mulher

Que ousada, busca o que quer,

Sem medo de se entregar

Busca o prazer, aflorado pelo desejo

Da boca, busco o beijo

Que possa me completar

Numa ânsia de despertar

De vez, como um lampejo

Quem ousar desafiar

A desvairada solidão

Que busca me atormentar

Nos dias que virão

Não tenhas medo,

Dê-me sua mão

Se não como par,

Ao menos como um irmão...

Patrícia Rech
Enviado por Patrícia Rech em 15/04/2009
Código do texto: T1541126
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