Temporário (Devaneios Poéticos - 2)

Nem toda frase “diz”, sequer

Nem todo corte sangra

Nem todo nem tudo, nada

Eu perco cada dia, um depois do outro

Com tudo que há de cada um em mim

Assim

Simples como a simplicidade do fenecer

Fácil como sofrer

Temporário

Como tudo que há

E que haverá

É e há de ser,

A alma perde

Pouco a pouco

O brilho

Com o passar do tempo até amores verdadeiros morrem.