Tarde de domingo

Essas tardes de domingo preguiçoso

Moroso e sem perspectiva de alegria

Essas tardes sem nenhuma humana harmonia

Meu cinzeiro se enche de cinzas

E embora meu corpo esteja estático

Apático da humana apatia

Minha alma palpita ao som da música que me frisa

O desejo do puríssimo desejo pelo movimento

Mas é estático, é a negação da vida

É o soturno momento do proscrito

Nada além de uma tarde de domingo.

Maurício Ravel
Enviado por Maurício Ravel em 03/05/2009
Reeditado em 17/08/2009
Código do texto: T1573568
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