REVELIA DE MIM*
Há uma noite enorme e
um dia entregue aos
cantos da casa....
eu me encaixo em sofás vazios.
Então saio à revelia,
procurando uma síntese
nas demoras...
Nas horas secas e nas
bocas vadias.
Então ensaio dias azuis
como se fossem planos,
Planto os meus enganos
nas cruas ausências.
Há uma dor enorme nos
cantos e nas asas, nas
gargantas e nas lembranças.
Então eu me sento à beira
desse deserto que me empoeira
os olhos e canto algo que me
afogue em loucas sinfonias.
Eu prefiro assim...
Ser feliz sem denúncias.