(Entre o céu e o açude velho texto dois)

Quantas cabeças já o pensaram oh açude

destes devaneios irmãos

esse não saber amar inútil e profundo

tenho o teu cheiro paisagem mãe de água aluada

talhada de barcos e pescas

na memória rede de lirismos na dimensão lunar

a tua origem está em meu peito

correndo pela manhã a palmeira imperial

faz guerra age com violência deve estar amando real ofusco

o ser e o seu oposto das imagens

sombras movimento sombras

a grande estátua pichada na ilusão corrói as praças

onde não existem espelhos para as auto imagens

em qual mundo é o mais importante dos mundos não sei

talvez cavalos de força correndo pelo acaso

a essência da loucura

mascaras de danças rítmica do desfrute do horizonte

tambores soando saltam

por causa e correm

do tempo saltam

antepassado correm

linhas paralelas e saltam

que não se encontram e saltam

e correm

durante as tempestades

o vento vocifera veneno harpa de palavras

no cortejo de sátiros e vadios

oh açude

suas águas são poemas na tragédia da vida.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 05/06/2009
Código do texto: T1632671
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