Você é o meu sono, o meu pesadelo!

Quando a noite pavorosa assim adormece,

Trás consigo um calafrio repleto de dor.

Vem latejando e assim me entorpece.

Nesse corpo pedinte, impregnado de suor...

Rudes lágrimas que teimam em não fluir,

Nos pensamentos corroídos e insensatos

Coração palpitante, paredes gélidas a diluir.

Passos circulares, ouvidos calados, inatos...

Vejo imagens, miragens, bobagens...

Um grande fiasco da fera aqui ferida.

Ah! Quem me dera ter tal coragem!;

Desta mente ansiada! Decisão nunca tida.

Os olhos cansados aos poucos se fecham,

Semi-cerados pestanejam em insistência,

Os músculos retesados enfim se relaxam...

Sonos em pesadelos, um viver de clemência...

Marcos Antony
Enviado por Marcos Antony em 13/06/2009
Reeditado em 11/07/2009
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