O grito morre em meu peito!

Elevam-se as vozes lá fora...

E ecoam-se no silencio do meu quarto,

Entre os gemidos de minha alma.

As vozes se propagam nitidamente...

Ferindo-me atrozmente no coração...

E a dor se eleva em suaves gemidos...

Buscando a paz.

Porque as vozes me maltratam?

Seriam elas a voz da minha razão?

Brigo ferozmente, destemidamente com elas...

E no silencio do quarto as tranco.

A alma fenece enquanto o coração derrete...

A alma grita no silencio...

Os lábios mudos se fazem...

É dor que dilacera.

E as vozes lá fora se calam...

Pois trancadas foram...

No peito que agora explode...

Essa maldita dor!

E o silencio lá fora se faz...

As vozes agora se ouvem em minha alma...

E elas me dizem que já é tarde para viver um amor...

Que os anos nunca voltam atrás...

Que deverei sempre ouvir as vozes do passado.

E as vozes gritam no peito, trancadas me assolam...

Aniquila-me, devora-me...

E o quarto no silencio se fecha às portas...

E o grito morre em meu peito.

Rosa D Saron

Goiânia,23/06/2009

Brasil

Rosa D Saron
Enviado por Rosa D Saron em 23/06/2009
Código do texto: T1663137
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