SEGREDOS
Quando choro sozinha em meu leito
e desabafo o som no travesseiro,
sinto-me tão indefesa, tão irreal,
tento esquecer as sutilezas do teu mal.
Sim, tuas palavras muitas vezes ferem
o mais profundo do meu ser,
e a insensibilidade do teu preconceito
me faz parecer ainda mais sem jeito.
Em vão busco palavras adequadas
em gramáticas, manuscritos e outros textos,
até imagino um diálogo correto
para que entendas o que está errado.
E os segredos que meu coração tem gravado
são aqueles que vivi a teu lado.
Preciso participar mais da tua vida
para não carregá-los sozinha.
São Paulo, 26 de junho de 2009.