Mãos dadas com a solidão

Dias chuvosos, caminhando na tempestade.

De mãos dadas com a solidão.

Observo a paisagem, triste melancolia.

O vento frio faz companhia.

Da janela a visão distorcida.

Completamente só eu chorei.

Tudo passa, só eu fiquei

Até quando vou agüentar?

Os dias e noites parecem querer me sufocar.

Lembranças foi só o que restou.

Pensamentos a vagar, recordações.

Que atormentam mais do que regozijam

Mas não há saída, é preciso seguir.

Ignorar a própria dor

Fechar os olhos para a alma que sangra

Com muita ou pouca esperança

E depositar na vida um pouco de confiança

Querendo mais do que podendo

Acreditando mais do que esperando

Que no futuro tudo volte ao seu lugar

O temporal uma hora vai passar.

As águas da chuva escorrem para o mar.

Lentamente olhando para nova direção.

Sem medo de enfrentar tempestade.

É preciso tocar os pés no fundo

Para encontrar a verdade

E buscar forças

Para emergir em uma nova realidade.

Maria Mendes
Enviado por Maria Mendes em 08/08/2009
Código do texto: T1743657
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