MAR
MAR
Mar,
Tuas ondas ângelas,
Que me lavavam os pés,
Deixaram as areias secas.
Há tempos elas se foram,
Levando-me os sentimentos,
Tragando-me a vida,
Deixando-me um fio de esperança.
Ondas mensageiras,
Encontra-me o destinatário
Dos versos que fiz.
Traz-me a resposta que nunca veio,
Nem que seja em procelas.
Assim, afogarei nas profundezas
O resto que ainda sobrou
De uma ângela primavera.