ESTRO

Com desvelo, um tanto despreocupado,

pouso meu cotovelo esquerdo sobre a mesa,

enquanto a mão descansa no encontro

com o queixo. Braço direito estendido, a

toda a largura da mesa, segura em sua mão

uma bela caneta e uma folha toda em branco,

assumindo a mesma disposição do braço.

Pelo chão várias são as folhas caídas a meus

pés, largadas em desgraça e sem inspiração.

Tento organizar ideias e trazer até mim os

ideais de uma vida (bem ou mal vivida) que

tragam alguma luz à minha fúria poética.

Acendo um novo cigarro e um pauzinho de

incenso, de cheiro embriagante… enquanto

preparo meu banho com pétalas

de rosas brancas, tão brancas como a neve.

Jorge Humberto

29/08/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 30/08/2009
Código do texto: T1783135
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