CANTO E DESENCANTO
 
 
Entoei o canto dos anjos
quando em teu corpo encontrei
a harmonia perfeita do prazer.
Bailei nas nuvens com arcanjos,
quando tua doce boca  beijei!
Gosto de mel a escorrer...
 
Sonhei ter a eternidade
quando nossas peles em suor
perdiam a castidade...
 
Acordei sem a leveza do canto
quando a ausência aportou
uma realidade em desencanto!
Hoje calou-se o  meu canto,
desfeita a melodia do amor
restou-me a fonte do pranto.
 
E, nas gotas sentidas vertidas,
anjos e arcanjos não existem
na solidão das ilusões perdidas...

 
26/09/2008
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 08/10/2009
Reeditado em 12/06/2011
Código do texto: T1855416