ENGANOS...


Emoções vilãs
ostentando insensibilidade,
sugando a esperança
de palavras sãs.

Tentei...
Sufoquei a razão,
não dei ouvidos ao grito
de alerta do coração.

Ilusão cruel...
Vi toda mágica doçura
deitar incerta,
no fel da amargura.

No olhar de incredulidade
esvai-se o pranto...
A sensatez tece
como em prece,
um fiar sem fim
de ledos enganos.

No vendaval da vida,
uma tormenta que
atormenta a alma aflita.
Um sentimento emudece,
a essência levita
em antigas lembranças...

No farfalhar do vento,
ecoa minha desdita
e escoa meu tempo...


2008

 


Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 13/10/2009
Reeditado em 09/12/2010
Código do texto: T1864265