DEVANEIOS DE SOLIDÃO II
Temo que o devaneio total
E a esquizofrenia tomem conta
Do meu lirismo.
Temo que a falta de amor próprio
Faça-me jogar por terra
Sem haver terra na sola dos pés.
As desilusões que tenho e
Que tive, temo que voltem
E que continuem.
Temo alcançar a felicidade extrema.
Temo amar novamente.
Temo a nuvem de chuva.
Temo a guerra, e temo a paz.
Acima de tudo, temo e teimo
Em temer a mim.
Pois sou eu quem me faço
De pânico, de medo, e de amor.
Temo por fim, que o tédio
Se faça de corda no caibro.
Convidativa.
Temo que posso aceitar.