NADA É ETERNO!


Como é largo o tempo do silêncio
aonde o encanto vai despindo cores...
O momento reflete sonhos em despedidas
num corpo que vai vazando suas dores
e se vê despido, em ilusões perdidas...

Amor é sonho em viagem interrompida...
Dói n'alma ferida, que suspira seus ais
em intervalos constantes, que vêm e vão,
tentando redescobrir as cores da vida
para transpor a estação de transição.

A dor da saudade vai guiando o verso
e, enquanto a gota de lágrima o guia
com olhar disperso, porém terno,
vai findando o instante infinito...
O paraíso foi meu um dia!

A solidão astuta, ao longe vigia...
Não se importa com a força do grito,
pois sabe que aqui nada é eterno...
E o vazio da noite consentia!

A razão, em toda sua complexidade
escancara ausências e carências,
fazendo o coração entender a verdade...

03/02/2009

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 21/10/2009
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