REGRESSO


Na estação de espera, minhas ilusões findando!
Abrolhou a primavera no florir das cerejeiras,
e nossos corpos dormem em distantes fronteiras!

Na nova era que surgia, o retorno tão esperado...
Vida sem alquimia, tingida em cores de ansiedade
e alma sempre calada, oculta nas águas da saudade!

Deixei somente para ti meu sonho mais bonito!
Mas não aconteceu, foi um sonhar frágil, inútil;
pois só te encanta a luz fugaz, o sentir fútil!

Guardei tanto amor! Não me sorriu o regresso...
Ainda não germinaram sementes de esperança
onde meu vago olhar em solidão alcança!

Ora sou apenas uma aquarela embranquecida
que ao soturno tempo teima em afrontar...
Talvez amanhã eu brote, cansada de esperar!


22/09/2009


Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 29/10/2009
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