SOLIDÃO


Frio,
vazio...
Complexo,
sem nexo.

Olhar opaco
perdido no espaço.
Céu nublado,
chuva fina
leva meu passado.

Folhas caem lentamente
tragadas pelo vento,
conduzem em rumo incerto
meu presente.

Tudo acinzentou
na amplidão imensa,
alma silente
pensamentos batem à porta
sensações sem ecos...

Face sombria não mais suporta
os sentidos dispersos,
no irreal das ilusões.

Cicatrizes marcam o tempo
onde reinam desilusões.

Solidão veneno que avança,
a vida suavemente encurta
adormecendo o coração,
e lentamente enluta
as lembranças
que como ondas,
vêm e vão...

Fevereiro/2007
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 01/11/2009
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