Meditação

Absorto, olhos no infinito mirando,

Fico nas noites de minha solidão,

Com sofismas, as tristezas suportando.

Escuto o silêncio que impera em meu coração.

O vento sai do seu recôndito mundo

Com melancolias dos tempos esquecidos.

A estrela errante acorda do seu sono profundo

E a esmo vaga nos eternos espaços perdidos.

A pueril canção dos anjos, a vagar,

Nos cernes das esferas me fascina.

Argêntea luz que vem do brilho do luar

As cândidas açucenas do campo ilumina.

E a estrela que lembrava teu olhar

Perdida no escuro vai se apagando.

E sentindo nos olhos a vontade de chorar,

Escuto os passos da vida, que por mim vai passando.

Guina Soares
Enviado por Guina Soares em 03/11/2009
Reeditado em 04/11/2009
Código do texto: T1903218
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