Meditação
Absorto, olhos no infinito mirando,
Fico nas noites de minha solidão,
Com sofismas, as tristezas suportando.
Escuto o silêncio que impera em meu coração.
O vento sai do seu recôndito mundo
Com melancolias dos tempos esquecidos.
A estrela errante acorda do seu sono profundo
E a esmo vaga nos eternos espaços perdidos.
A pueril canção dos anjos, a vagar,
Nos cernes das esferas me fascina.
Argêntea luz que vem do brilho do luar
As cândidas açucenas do campo ilumina.
E a estrela que lembrava teu olhar
Perdida no escuro vai se apagando.
E sentindo nos olhos a vontade de chorar,
Escuto os passos da vida, que por mim vai passando.