Nódoa do Universo
Voz guardada,
lua engarrafada na mensagem
que revivo.
Ninho de avisos,
sou poeta de improvisos:
não sobra nada.
Veia de amores,
vim de um lugar de
sonhadores, pouco me sei.
Pouco me resta pela
fresta da janela, raios
de afetos, luz temporã.
Voz embargada,
sol na madrugada em
que reflito, me vejo aflito:
sonho amanhã
Mas esse nó também
é nódoa do universo.
Então perverso, me faço
verso, me guardo só.