TUMBAS

Na noite intrépida e sorrateira

Chega mansamente a solidão

O vento assovia como uma agonia

E as aves de rapina

Rodeiam o caixão

Madeira de lei fechado, lacrado

Num canto da sala sozinho aguarda.

O coche fúnebre para.

Não há lágrimas nem saudade

A estrada deserta

Infinita amargura ao som da marcha.

Ademir Tasso, amigo da família

Que alérgico avisa:

Por favor, flores não!

Publicado na Antologia Poética da AEAL - Associação dos Escritores e Artistas de Louveira_ página 24 _ editora INHOUSE

Denize Nelli
Enviado por Denize Nelli em 16/11/2009
Reeditado em 01/04/2013
Código do texto: T1927567
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