TUMBAS
Na noite intrépida e sorrateira
Chega mansamente a solidão
O vento assovia como uma agonia
E as aves de rapina
Rodeiam o caixão
Madeira de lei fechado, lacrado
Num canto da sala sozinho aguarda.
O coche fúnebre para.
Não há lágrimas nem saudade
A estrada deserta
Infinita amargura ao som da marcha.
Ademir Tasso, amigo da família
Que alérgico avisa:
Por favor, flores não!
Publicado na Antologia Poética da AEAL - Associação dos Escritores e Artistas de Louveira_ página 24 _ editora INHOUSE