VÉUS OBSCUROS


Escondo bem fundo o que ficou ferido,
bloqueio sentimentos sem sentido
e abafo todas as emoções...
Sou só um ser esquecido
nas entranhas das decepções...
Dou adeus às ilusões!

Só encontro o ponto enfraquecido...
Hoje não há luz em minh’alma,
onde sonhos continuam entorpecidos...
Neste exato ponto onde fui atingida
sangro, fujo para meu interior!
Não encontro paz ou calma
neste emaranhado de solidão e dor!

Sou fera ferida, acuada,
sempre fugindo da vida;
tentando desfazer mentiras de amor
e sempre caindo na mesma cilada!
Sou o eterno que se desfez
qual pó de giz...
Sou nada nesta minha insensatez
que constante se contradiz,
envolta em véus obscuros.
Resta-me o silêncio, eco que ressoa
no vácuo... Estou presa em escuros!



20/11/2009
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 20/11/2009
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