184 _ Alma sem brilho

O tempo não para.

O encanto acabou.

Diante de meus olhos,

Com a alma presa,

As lembranças ainda doloridas.

Recordações e amarguras,

De uma vida dura e sofrida.

Nas batidas do coração,

Louca asfixia e agonia.

Solidão então agarra,

A vida já tão vazia.

Pergunto a mim mesma:

_Que cartas jogar?

Ao jogo desta vida sem sentido?

Só há dores em meu peito.

Corpo vazio sem esperanças.

Sem asas para voar.

A prisão agora refém,

Na clausura da solidão.

Com a alma sem brilho,

Algemada, apenas sobrevivo.

Kátia Claudino Caetano Pereira

Kátia pérola _ (arquivo)