Casa vazia

Nas paredes vejo efígies

Nas efígies vejo o momento

No tempo retido, reprimido

Estão os tolos aborrecimentos

Vejo lembranças cândidas

Que saem da tinta

E ingressam em mim

Vejo momentos sólidos

Ao quais as crianças

Abodegavam o chão

Davam-me a felicidade

Brincavam com meu coração

Melancólico sou eu nessa idade

A casa vazia, pleno é o silencio

Tamanha foi minha decepção

De saber que os amores

Da minha pobre vida

Partiu-se como parte

Meu coração